sábado, 12 de março de 2011

Internet mobile, fail

Êta abandono! Odesânimo em escrever tava grande, mas como todo brasileiro, a vontade de reclamar na internet, geralmente sobre a mesma, foi maior.

O mercado de smartphones cresce no país, abrangendo as classes C e até D. Porém, os serviços online são extremamente precários.

A começar pela conexão. WAP ou 3G, tanto faz, depende muito de onde acessa. Minha WAP é ótima no trecho próximo à Praia de Botafogo. Fica um lixo chegando perto do Humaitá, Flamengo, Laranjeiras, Copacabana. Niterói, pfff, só as redes sociais mesmo, pois são os únicos sites que têm uma boa acessibilidade mobile.

Baixei jogos do OVI. Grande parte só abre conectado. E o sinal do WAP é muito fraco, só aceitam Wi-fi. Conexão Wi-fi, no Brasil? Cadê? Só na minha casa, grande vantagem. Em Copacabana nem o twitter abre. No PraiaShopping, Cinemark, grande parte dos restaurantes que oferecem a rede... conexão péssima!

E os portais? Não consigo acessar o iG mail sem ser pelo aplicativo. O site WAP apresenta diversos erros, uma droga. E a Globo.com que sequer tem versão mobile? Horrível, até conseguir abrir a tal matéria, um século... Tá, o reader dá uma ajuda, aliás, tudo do Google é uma mão na roda quando a questão é serviço mobile. Até o site do Gmail abre na versão normal rapidamente. Clean e objetivo. A maior parte de todo conteúdo deveria ser assim.

Enfim, meu grande desgosto na acessibilidade mobile se dá pelo acesso à tecnologia (celulares arrojados) e falta do que fazer com ela, pois não tem como explorar nem metade do que o celular é capaz de fazer.

Não vejo iniciativas concretas por parte dos empresários. Brasileiro não tem a cultura de pagar pelo conteúdo, ou mesmo pelo aplicativo. Todo mundo quer tudo de graça, isso é fato. Os modelos de negócio devem se adaptar a essa cultura. Afinal, brasileiro também consome muita publicidade, o problema é que os publicitários não sabem fazer sponsors. Imitam os EUA, colocando adds no meio do jogo, da transmissão ou seja lá o quê. Aqui não dá certo assim, tem que ser criativo. O e-commerce, principalmente de compras coletivas, está aquecido, em crescimento, bem promissor. #FicaDica.

domingo, 14 de novembro de 2010

Oktober Fest y otras cositas mas

Ah, o aeroporto de Joinville é uma gracinha. De novo celular sem bateria, durante a viagem, não há que agüente.

Cheguei lá e perguntei como fazia pra ir pra rodoviária, precisava ir pra Camboriú. Até tinha ônibus. Precisava de três baldeações. Se fosse em São Paulo, seria só um metrô. Peguei um táxi, R$45 na tabela. Pela distância, se fosse em São Paulo...

Cheguei em Camboriú morta de fome. Minha amiga querida me esperou e fomos almoçar num restaurante ótimo. Depois uma caminhadinha pela orla. Um lanchinho no shopping. E à noite um jantar mexicano. Que tudo! Não conhecia comida mexicana, estou viciada e testanto receitas pra chegar num concenso do chilli vegetariano aqui em casa! Amei! E os mojitos? O melhor mojito da minha vida! O nome é Ricco Suave, fica na praia de Camboriú!


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Depois disso, morrer na cama, afinal tava sem dormir desde o SWU!
Dia seguinte um sol maravilhoso, a praia ótima pela manhã. Um visual lindo. Tudo para as energias recarregarem na Oktober Fest!

Fui ver o desfile na rua Quinze. Maravilhoso! Muito divertido, o pessoal animado... lógico né, chopp era o que não faltava!



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Depois um rodízio de pizza pra arrematar a noite. Ainda fui no Parque de exposições na quinta e sexta. Quinta foi melhor, experimentei os chopps... sexta parecia uma choppada de universidade de playboy. Não tô mais pra isso não. Sábado fomos num mexicano, mas em Blumenau mesmo. Não tinha o chilli vegetariano, então fiquei só na guacamole mesmo. E mesmo assim, amei.

No domingo um almoço italiano, no Fuliculi Fuliculá. Ma che! Um restaurante lindo, charmoso, delicioso, tudo de bom! Fato que voltarei pra comer o risoto funghi!

E então o passeio acaba. Ai, dias ótimos. Ótimos mesmo. Adorei! Vou morar em Pomerode! Que que é essa cidade onde as casas têm muros baixos e as crianças podem ficar na rua? Fantástico!


Ainda existem lugares assim. Que paz. As pessoas de Santa Catarina são muito conservadoras, mas são mais educadas, menos stressadas, mais bonitas. Adoro esse lugar!

Na volta o vôo de Joinville foi cancelado, fomos pra Navegantes, de lá pra Congonhas e fiquei num hotel em Sampa até de manhã. Que hotel maneiro, quero que os vôos noturnos da Gol atrasem sempre.

Digerindo o SWU

Depois de mais de um mês, posso refletir melhor sobre o que foi esse evento.
Adorei o Linkin Park, apesar de ter sido um show bem calmo, foi muito bonito. Queria ter tido forças pro Tiesto, mas o frio estava insuportável e minhas energias consumidas.

Enfim, fiz uma trajetória bem incomum. Fui só. Como uma viagem de autoconhecimento. Descobri que sou mais impaciente do que imaginava. Fui pra São Paulo na madrugada de sábado para domingo, peguei o leito da 1001, saindo às 2 do Novo Rio, chegando às 8h30 no Tietê.

De lá foi muito prático, pegar o metrô e descer na República, onde fica o Hostel São Paulo, a umas 3 quadras da praça. O problema foi esquecer de imprimir o mapa do Google e confundir a entrada da rua. Em 20 minutos eu odiava aquela cidade com toda aquela gente que não contar nem informar. Com celular completamente sem bateria, o jeito foi usar o 102 do orelhão. Uma merda.

Consegui encontrar o hostel e deixar as malas, porém, banho que é bom, nada, pois meu check-in só dava início ao meio dia e se eu quisesse tomar café da manhã ou um banho iria pagar R$10,00 por cada. Se eu fiz reserva pra chegar às 9h da manhã, qual o problema dessas pessoas afinal?

Troquei de roupa e fui pro Mercado Municipal, de metrô, muito perto. Mas de municipal só tem o nome mesmo, porque só tem artigos importados... queijos, vinhos, frutas exóticas. Nada local, nada orgânico, um absurdo. Fui experimentar o tal bolinho de bacalhau. Tá, falaram foi do pastel, mas era gigante demais! O bolinho era um pouco menor, mas era horrível anyway. Mandar eles comprarem do Mário, aqui de Niterói, já que lá é tudo importado mesmo...

Próxima parada Bienal de Artes. Nossa, aí sim comecei a gostar dessa cidade. Que sonho! Tinha que passar a semana inteira lá dentro! Muita coisa pra ver e muita coisa legal. Uma pena que só pude ficar umas horinhas se ainda quisesse ir no MASP. E ainda precisei voltar pro hostel prum banho e trocar de roupa, porque tava usando um vestidinhos básico e começou a esfriar muito!

E que cidade fria. Saí com o casaco mais quente que tinha, levei o gorro pra noite, que bom, precisei mesmo dele. Fui no MASP, adorei a como a curadoria organizou a exposição. O restaurante já tinha fechado, procurei o shopping mais próximo e comi no Spoleto mesmo. Já conheço, comer sem erro e com muita fome. Voltando de metrô, lotado de Corinthianos, passei pra comprar uns snacks e fui pro hostel. Estava morta do mini tour. E precisava arrumar a mala, SWU vinha aí e eu estava cheia de expectativas.

Dia seguinte, acordando bem cedo, peguei o metrô pra Barra Funda, deixei minha mala no guarda-volumes da rodoviária (no hostel queriam me cobrar uma diária, vai à merda todo mundo!), custa apenas R$8,00 e a própria chave é um cadeado. Super seguro. O ônibus saiu com um pouco de atraso e fui conversando com um cara muito simpático, que me fez companhia boa parte do dia.

Chegado lá por volta de 11h, era pra esperar em torno de mais 1h na fila até os portões abrirem ao meio dia. Só abriu 14h. Numa confusão desesperada. No que "não pode entrar com isso nem aquilo" os vândalos começaram a jogar tudo pro alto, lieralmente. Consegui entrar com tudo que tinha na mochila, se eu tivesse uma arma... Mas era só meu desodorante spray, kit maquiagem, roupas, saboete líquido, etc. Organização ridícula [1].

Finalmente lá dentro, quase 15h, fui procurar o Fórum. Mas terminou 14h30. Oi? Como assim a porra do portão só abre 14h e o tal do Fórum termina às 14h30? Vai tomar no cú! Quem tava lá nesse negócio? Os palestrantes e seguranças? Organização ridícula [2].

Fui comer. O stand vegetariano era minúsculo, e apenas em uma das praças, enquanto em todas elas haviam gigantes stands de currasquinho e hambúrguer. Peraí, não era pra conscientizar a galera? Oferecendo churrasco de carne vermelha que consome mais de 11mil litros de água por quilo? Vai tomar no cú, organização de merda [3].

Não tinha nada destilado e tava um frio absurdo! Quando o sol se pôs, não tinha jeito de ficar quente! E tudo que tinha era Heineken gelada! Num frio de 5 graus ao ar livre com aquele vento! Fiquei sabendo que no camping rolava uma cachaça e que pros convidados tinha whisky. Organização idiota [4]. O que salvou foi a Nestlé, servindo capuccino e expresso, chocolate em barra.

Sei que valeu a experiência de ter viajado. Valeu ter visto Linkin Park. Se tivesse rolando um whisky ou vodka daria pra ter ficado no Tiesto, que estava ótimo. Mas sustentável porra nenhuma! Foi apenas GreenWash. Sou chata mesmo, se falou que tem, tem que ter e tem que ser bem feito. Senão, nem fala. E o cara da excursão que malocou minha camisa do Flamengo (só pode ser um corinthiano pra fazer macumba), não distribuiu a ecobag e nem as sementes. Mais uma vez, falou, cumpre! Ou então fica calado.

Cheguei do show, novamente na Barra Funda. Tomei banho lá mesmo, estava precisando muito. Com nariz e ombros muito vermelhos porque esqueci o protetor solar. Depois do banho fiqei apresentável. Fui pra Congonhas, de metrô. Adoro quando o transporte público funciona. De lá, Joinville. Mas é outro post.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dois trechos

Eu te dei o endereço do meu trabalho desde o começo. Sempre esperei que me fizesse uma surpresa qualquer dia, me esperando na porta pra uma cerveja numa sexta qualquer. Sem nenhum glamour, não precisava de mais charme do que a própria atitude. Não tenho culpa se outro tomou essa atitude na sua frente, cumprindo com todo gabarito que eu sempre esperei vir de você, pelo menos uma vez. Ah, e vou te dizer eu sonhava, mesmo, que um dia você ia me fazer essa surpresa, uma vez só; uma coisa só nossa, simples, trivial, sem vinho, sem Urca, só dois copos e um papo pra esperar o trânsito. Mas como eu sonhei. Até acordada, me perdia imaginando apenas isso. Seria o tipo de coisa que eu ia comentar com aquela cara de boba com as minhas amigas "ah, ele apareceu lá no trabalho ontem pra gente voltar junto, foi tão fofo".


Não temos o direito de ser cruéis. E essa foi a quarta vez que você foi cruel comigo. Eu, que sempre disse pra Deus e o mundo que não havia segunda chance, te dei três. Porque eu nunca quis tanto alguém do meu lado. E eu espero, do fundo do meu coração, nunca mais querer isso de novo, com ninguém. E se me sinto perdida agora é porque eu queria muito te esquecer, apagar tudo da minha cabeça, mas não dá. Porque você tá no meu coração, dentro de uma enorme cicatriz que ainda não fechou, e quando fechar, você vai continuar lá. Porque você também está no meu estômago, e só de pensar em te dizer alguma coisa me dá enjôo... depois fome... não quero comer nada e como mesmo assim. Porque você está nos meus pulmões e na falta de ar que sinto com os soluços. Soluço porque você está em cada lágrima que cai dos meus olhos. Porque está na minha garganta, toda vez que engulo em seco tentando parar de chorar.

 Pensei em vovó, dizendo que tudo isso não passa de uma grande bobagem. E não é que ela liga e diz exatamente isso? O choro estanca na hora.

domingo, 19 de setembro de 2010

"Navegabilidade intuitiva"

Tava lendo uma resenha sobre um celular, agora me esqueci o modelo, falando que a navegabilidade pelo touch screen era intuitiva.

Bem, pode até ser pra quem está mais aberto a aprender essa "modernidades", mas dando aulas de Word percebi que não tem nada de intuitivo nisso.

Depois de algum tempo de explicação, a senhora percebeu que o teclado se parece com as teclas da máquina de escrever. E que o procedimento para letras em caixa alta no início das frases e caracteres especiais também é similar. A partir daí ficou menos complicado dar aula. Ela já queria aprender como faz tabelas. Fomos até como se faz a formatação (alinhamento à esqerda, direita, justificar, parágrafo, etc).

Próxima aula teremos como fazer tópicos, inserir imagens. Tabela é mais complicado, tem que ser uma aula só disso.

Imagine agora dizer que um celular touch screen tem navegação intuitiva? Daqui a 50 anos poderemos afirmar isso, hoje em dia é injusto. É quase afirmar que 80% da população não tem intuição, ou pior, que simplesmente não é capaz.