domingo, 21 de março de 2010

Zeitgeist - Addendum



Um doc que vale à pena.

Eu sempre soube, o dinheiro é inventado do nada. Junto com ele, são inventados valores para as coisas. Tudo irreal. E é nisso que se baseia a sociedade de consumo, em contraponto a miséria de muitos.

Da primeira vez que vi pensei "todos os seres humanos devem morrer." depois reconsiderei "se todos simplesmente morrerem, o que vamos aprender com isso?".

Essa questão do meio ambiente mesmo, os recursos em crise, em tempo de esgotar. Na verdade, nós não vamos acabar com o planeta. Mas talvez 90% da raça humana, em números, não esteja aqui para ver sua regeneração. Seria o fim da própria raça humana, e as pessoas não param para pensar sobre isso. Nem sobre mais nada. Pensar cansa. Ver TV é muito mais divertido que pensar.

Vendo este vídeo dá uma tristeza profunda. Que passa, mas na hora dá. Pois fica claro o quanto de imperfeição existe, mesmo não querendo almejar a perfeição. A mesquinhez, a arrogância, a ignorância, a indiferença, a crueldade calculada, a banalização e a intolerância são os novos, e mais do que verdadeiros, pecados capitais do séc. XXI. Pecados originais, inatos, desenvolvidos através do sistema social e econômico, junto com todas as tecnologias e status.

Onde está nossa moral? Não falo em ética, mas vou mais fundo, onde estão nossas crenças e pensamentos que ninguém vê. Será que não temos remorsos por nossos pecados, estes supracitados? Lá no fundo, uma dorzinha de consciência? Será que perdemos o sono, temos gastrite e calvice por causa de nossas dívidas e frustações materiais, ou por que lá no fundo nos sentimos culpados, insconscientemente arrependidos por termos pecado?

Pecamos quando somos intolerantes com o próximo. Se o motorista do ônibus está num dia ruim, todos nós temos, não podemos julgar, mas julgamos, reclamamos, isso gera carga negativa. Para nós e para o motorista. Descontamos essa carga negativa no mundo material... materializamos ela, não apenas em crimes bárbaros, como pais que atiram inocentes crianças pela janela, mas em coisas pequenas, como comprando coisas caras para aparecer com status (você sabe que esta é uma atitude arrogante, enquanto muitos não tem sequer o que comer), banalizando o conceito de diversão e sexo, largando as luzes da casa acesa por fobias gastando os recursos naturais do planeta como se aquilo não fosse responsabilidade nossa.

A saída para um mundo sustentável, fisicamente e economicamente, seria o consumo consciente. Mas para mudar os hábitos das pessoas temos que ir fundo nelas, em nós. Ver as causas de cada um em encher a geladeira de coisas que não precisa, ver metade disso estragar e ir pro lixo. Não podemos esperar que uma autoridade venha ao poder e conserte tudo, essa pessoa seria massacrada pela própria sociedade que a elegeu se ao menos tentasse.

A maioria precisa querer mudar e precisa começar com uma reciclagem de si mesmo. Depois, nós podemos conversar sobre como economizar luz e fazer a coleta seletiva.

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