Essa série tem como objetivo ser uma guia prático do que fazer, ou melhor ainda, do que não fazer nesse período sem tempo e, misteriosamente, sem dinheiro pra fazer nada.
Pois é, falando tanto em viagens, mas só com boteco já estourei meu limite esse mês. E isso porque nem transferi nada pra poupança!
Mês que vem também vou deixar de juntar dinheiro: SWU, confirmado. Visita a minha queridíssima amiga em tempos de Oktober, em negociação. Acho que lá no estágio posso tirar essa semana, afinal já vai ter um feriado nacional dia 12... e na UFF vai imendar com dia 15 e cabou-se a semana. Sem aulas.
Mas vamos às contas... esse passeio em Outubro não vai sair por menos de R$600,00. Metade só de passagem indo e vindo pra lá e pra cá. Parcela nelas! Oops, só R$300,00 pra uma semana? Isso tá fora da realidade... O que se faz em São Paulo, à noite, que seja legal, com menos de R$50,00?
Sim, porque aí eu saio no sábado à noite, passeio pela cidade no domingo. Devo gastar uns R$100,00 só pra ir no show. ... R$200,00 cobre tudo, né?
Depois me restam R$100,00 pra gastar em Santa Catarina. Ok, lá é muito, mas muitoooo mais barato que São Paulo. Mas é pouco...
O que pretendo fazer: economizar em Sampa. Acho que devem rolar vários programas culturais diurnos de baixo custo. Andar de transporte público durante o dia. De noite, uma "baladinha" perto da minha estadia, onde o táxi não saia o preço da noite toda.
Onde ficarei? Boa pergunta, começar a acionar os contatos e ver se rola um sofá pra mim, porque senão será de Nikiti pra SWU e de lá pra Santa Catarina... é, poderia fazer desde o início assim e economizava bem mais... (aham Cláudia, senta lá).
Até lá, adeus botecos... (aham...)
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Coisas que minha mãe não (me) entende - #02
Preciso fazer minha tatuagem. Amanhã. Hoje. Ontem! Quando eu tiver 40 não vai ter mais graça, geral vai ficar falando "ih, olha lá, não soube aproveitar a juventude". E será isso mesmo. Quero fazer agora, que ainda sou jovem e posso me dar esse luxo... Depois, qual graça vai ter?
O problema: dinheiro. Vai sair muito caro. A solução mirabolante: fazer na Venezuela, onde a crise política gera uma crise econômica, a moeda desvaloriza e eu vou pagar baratinho. Horrível me aproveitar assim do capitalismo, mas devo renegar a tattoo como forma de ir contra o sistema? .. #NOT.
Passagem pra Venezuela fica em R$655,00 sem as taxas... de quanto é a taxa? Não sei... Não me importo de comer miojo por 15 dias, sei que vai ser na base disso mesmo, porque a passagem vai parcelada mas de resto será in ca$h.
Então, estou fazendo brownies e cucas de banana para vender... só não sei vender, mas os bolinhos ficaram maravilhosos. Aulas particulares de matemática e inglês para alunos até a 9° série. Aulas particulares de informática para todas as idades.
Mas ainda tem a viagem de Outubro, isso está certíssimo. Ai, ai... mais dinheiro!
É chato querer abraçar o mundo e não conseguir.
O problema: dinheiro. Vai sair muito caro. A solução mirabolante: fazer na Venezuela, onde a crise política gera uma crise econômica, a moeda desvaloriza e eu vou pagar baratinho. Horrível me aproveitar assim do capitalismo, mas devo renegar a tattoo como forma de ir contra o sistema? .. #NOT.
Passagem pra Venezuela fica em R$655,00 sem as taxas... de quanto é a taxa? Não sei... Não me importo de comer miojo por 15 dias, sei que vai ser na base disso mesmo, porque a passagem vai parcelada mas de resto será in ca$h.
Então, estou fazendo brownies e cucas de banana para vender... só não sei vender, mas os bolinhos ficaram maravilhosos. Aulas particulares de matemática e inglês para alunos até a 9° série. Aulas particulares de informática para todas as idades.
Mas ainda tem a viagem de Outubro, isso está certíssimo. Ai, ai... mais dinheiro!
É chato querer abraçar o mundo e não conseguir.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Coisas que minha mãe não (me) entende - #01
Hoje quis dormir mais 15 minutinhos, saí apressada e quando estou no ônibus me dei conta que não peguei o jornal. Quando vou ligar pra minha mãe, pra que ela deixasse separado, me dei conta que não havia trazido o celular também.
Falta de ar, náuseas, síndrome de pânico... uma parte de mim estava faltando, um orgão, tipo, quase um rim. Pensei em descer do ônibus e voltar pra buscar várias vezes ao longo do caminho, enquanto o ônibus ia se afastando de minha casa cada vez mais.
Tentei me conformar, afinal, se as pessoas, inclusive eu, viveram por tantos anos sem este artefato, o que poderia me causar um dia a mais?
O barulho da rua me incomoda, mas não tinha mp3. Tentei me acostumar e abstrair olhando a paisagem. Passei por lindas paisagens e um impulso de tirar fotos me saltou, mas não tinha câmera. Revoltada por não poder tirar as fotos, quis despejar no twitter, mas não tinha internet. Tentei então pensar sobre a vida e em meio aos devaneios gostaria de saber como se diz goiaba em inglês, mas não tinha o tradutor. Não podia sequer ouvir à CBN e saber como estava o trânsito. Como era possível a vida sem um celular??? Não me lembro!
E carregando tanta angústia, num banco apertado, sendo o último lugar do ônibus o que estava ao meu lado, eis que chega uma senhora, de uns 45 anos, mas nada conservada. Primeiro me tira um Guara Plus pra tomar um remédio. Depois abre o pacotinho do mais fedorento dos biscoitos de queijo que pode existir, e degusta lentamente durante o trajeto.
Eu pensei em dizer a ela sobre os riscos de cancêr que esse tipo de alimento pode provocar, uma vez que era impossível pegar o pacote e jogar pela janela, era daqueles vidros inteiros que não se abrem. Pensei em dar R$2,00 pra ela comer um pastel ou coisa do tipo quando descesse do ônibus, contanto que guardasse aquilo. Mas me contive a me enrolar no cachecol, com o nariz todo tampado e tentei, em vão, dormir.
Tudo que penso depois disso é que se eu tivesse voltado pra buscar o celular eu não teria tal companhia durante a viagem e tudo teria sido mais feliz.
Falta de ar, náuseas, síndrome de pânico... uma parte de mim estava faltando, um orgão, tipo, quase um rim. Pensei em descer do ônibus e voltar pra buscar várias vezes ao longo do caminho, enquanto o ônibus ia se afastando de minha casa cada vez mais.
Tentei me conformar, afinal, se as pessoas, inclusive eu, viveram por tantos anos sem este artefato, o que poderia me causar um dia a mais?
O barulho da rua me incomoda, mas não tinha mp3. Tentei me acostumar e abstrair olhando a paisagem. Passei por lindas paisagens e um impulso de tirar fotos me saltou, mas não tinha câmera. Revoltada por não poder tirar as fotos, quis despejar no twitter, mas não tinha internet. Tentei então pensar sobre a vida e em meio aos devaneios gostaria de saber como se diz goiaba em inglês, mas não tinha o tradutor. Não podia sequer ouvir à CBN e saber como estava o trânsito. Como era possível a vida sem um celular??? Não me lembro!
E carregando tanta angústia, num banco apertado, sendo o último lugar do ônibus o que estava ao meu lado, eis que chega uma senhora, de uns 45 anos, mas nada conservada. Primeiro me tira um Guara Plus pra tomar um remédio. Depois abre o pacotinho do mais fedorento dos biscoitos de queijo que pode existir, e degusta lentamente durante o trajeto.
Eu pensei em dizer a ela sobre os riscos de cancêr que esse tipo de alimento pode provocar, uma vez que era impossível pegar o pacote e jogar pela janela, era daqueles vidros inteiros que não se abrem. Pensei em dar R$2,00 pra ela comer um pastel ou coisa do tipo quando descesse do ônibus, contanto que guardasse aquilo. Mas me contive a me enrolar no cachecol, com o nariz todo tampado e tentei, em vão, dormir.
Tudo que penso depois disso é que se eu tivesse voltado pra buscar o celular eu não teria tal companhia durante a viagem e tudo teria sido mais feliz.
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