sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"Olho por olho e o mundo acabará cego"

Essa foi minha "sorte de ontem" no Orkut. De primeiro levei um choque ao ver essa frase. Depois fiquei pensando, muito mesmo, sobre ela.

Esse foi um dos ensinamentos de Moisés, com a tábua dos 10 mandamentos, para conter a barbárie da época. Cristo reformulou isso, dizendo "amai ao próximo como a si mesmo", ou seja, faça para com o outro o mesmo que gostaria que fizesse com você, ou então não faça aquilo que não gostaria.

E até hoje ninguém aprendeu porra nenhuma. Desde criança aprendemos a dizer "foi ele que começou!" e não paramos mais. É um tal de justificar os atos, de revidar e encontrar desculpas para agressões, que - ao meu ver - o mundo já está cego.

Louco era o Gentileza, que se vestia esquisito e pixava os muros do viaduto. É como eu sempre concordei, em gênero, número e grau: "a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência".

Tem gente que me acha muito zen, porque nunca conviveu comigo e meus ataques de raiva. Não consigo ver gente maltrando bicho na rua, não consigo ver pais que não conseguem lidar com seus filhos a ponto de chegar a situações ridículas, não consigo entender porque o cara fura sinal pra parar logo ali 1 metro depois no engarrafamento. Tudo isso vai juntando em mim, é uma angústia esse estilo de vida.

Falta gentileza, falta olhar por uma perspectiva diferente, falta parar pra pensar.

Nem 8 nem 80, não falo para voltarmos aos primórdios da civilização, onde não havia stress, mas desde que o homem se entende por gente há injustiças. E parece que à medida que a coisa toda evolui, a briga pela justiça se transforma em uma briga solitária, egoísta, mesquinha e vazia.

Eu sei que o que você quer provavelmente não é o que eu quero, mas sei também que ninguém sabe ao certo o que quer.

(nesse exato momento queria que esse bloco na minha rua se teletransportasse para onde eu não pudesse ouví-lo)

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